sexta-feira, 18 de julho de 2014

O descanso do Lagarto

Contigo conheci um pouquinho mais da terra nordestina sem (ainda, quem sabe) ter pisado lá, inspirei-me em crônicas, e a cada página de "Sargento Getúlio" aprendi a valorizar o teu modo únido, bem humorado e único de re(inventar) com verdades puras o nosso país. Até arrisquei o polêmico "A Casa dos Budas Ditosos" e foi divertido. Daqui alguns poucos meses lembraremos com carinho de "Viva o povo brasileiro" e com humor da sua declaração "O sujeito vai lá, tapa o nariz e vota".
Descansa em paz, João Ubaldo Ribeiro.




terça-feira, 13 de maio de 2014

Começo de noite

Na fria corrente de vento que assola Rio Grande no final da tarde, sente-se agosto em maio, deixando chegar abruptamente a sensação de inverno rigoroso. O frio é bom, dizia vovô: desperta o cérebro. O corpo é que deve se ajustar, então, penso. Mas no fim dessa terça-feira, ele dói, o esgotamento e desejo de descanso são inevitáveis. Volto-me ao objetivo inicial.  Abro um livro. 
Quando é que vão inventar a profissão que cuida de quem está estudando para cuidar dos outros?

domingo, 23 de março de 2014

Grandeza mansinha

Aí pensando nesse mini-ritual online chamado solicitação de matrícula, penso que dias de mudanças são dias de bem maior e (ainda que durem 24 horas como qualquer outro dia) dias mudanças são dias de grandeza.
Não grandeza assim de felicidade plena ou pó-mágico-das-fadas-eliminadoras-de-problemas. Ocorreu-me que a grandeza das novas oportunidades é do tipo de grandeza mansinha – aos poucos é que vai nascendo e inundando os dias. O mínimo que se pode fazer é aceitar esse bom sentimento: o que há de novo em nós procura o novo e belo fora de nós. Assim tem sido, assim será.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Para um fim de semestre: re(lembre) do sonho.


Carta a um eu cansado,
Seja levemente ou seja aos solavancos, é necessário continuar.
Se você quer, se realmente quer alcançar alguma sabedoria em cuidar do próximo, se realmente quer conquistar um olhar que compreende cada vez mais: resista.
Seja em fevereiro quando a brisa riograndina se torna um sopro quente, um bafo urgente, seja em julho quando o frio faz doer - você sabe que tem que continuar.
Talvez seja leve, talvez tudo dê certo para você. Ou não. Nunca se sabe quando vêm a porrada. Mas acredite, às vezes quando se perde se ganha. E, sabe, até confesso que gosto mais de mim depois de algumas perdas.
Meio sem esperança ou talvez meio sem forças, ainda assim há que se continuar. Só uma coisa a gente não pode deixar acontecer: a gente não pode deixar que o sonho amorne a cada dia e que o ser médico se torne uma migalha a ser conquistada.
Sem fantasias, não houve promessa de que seria fácil.
Lembrete: Não esquecer que por ora é tempo de plantar. Sí.

Com amor,
Van

Futebol e lembranças in "A colcha de Retalhos: Vivências da Liga de Educação em Saúde"


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A última flama do dia


E acontecem dias são tão lúcidos, tão cheios de realidade, doídos de verdade, que ao deitar, se hesita em fechar os olhos, se pensa, matuta, chora e sorri para a escuridão. Até que o sono vence. E se baixa a guarda, lentamente, dando espaço aos sonhos.
Assopramos a vela do dia e pedimos no inconsciente: que eu acorde vivo, que eu acorde vivo, que eu acorde vivo. Que eu viva.
Alguns até acham drama demais. Quem sabe seja? Mas não é hollywoodiano.
E, ao menos, é verdade. A mais linda verdade.