quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pequena leitura variada da minha admiração por Fernando Pessoa.

Em admiração e agradecimento, nessa noite, meus 'eus' curvam-se a ti: tens sido refúgio para minha desajeitada inspiração. 
Devaneios, alumbramentos, frustrações - tenho caminhado desde montes até vales sob tua  companhia. 
Para cruzar além do Bojador, tens me dito "finge tão completamente" que é dor a dor que deveras sentes. Mas, mestre, não aprendi a ser poeta! Muito pelo contrário, tenho ido "até ao campo com grandes propósitos" mas lá apenas vejo ervas e árvores. E, todavia, não me abandonaste.
Admito. Da euforia à melancolia profunda, tenho pensado que não há metafísica maior no mundo senão chocolates. Logo, volto-me, resignada, e desejo ser toda em cada coisa, colocando tudo o que sou no mínimo que faço. 
Agradeço pois és um dos meus mais fiéis companheiros de cabeceira. 
Agradeço por compreenderes que escolhi um caminho entre tantos que também me atraem, afinal "O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo. O que há é pouca gente para dar por isso."
Agradeço pois, embora eu seja a menina perdida de sempre, ainda dizes: "Sê o que pensas."
E, exausta, contesto: - Mas, mestre, penso em tanta coisa!

Minha homenagem a Fernando Pessoa e seus heterônimos.