sábado, 15 de setembro de 2012

You say why and I say I don't know


Queria um único foco, tinha vários. Queria salgado, pediu doce. Queria sol, veio chuva. Queria desviar os olhos da janela, as gotas de chuva escorrendo eram hipnotizantes. Queria contentar-se, o vasto e pleno vazio do todo a (des)contentava. Queria tudo, tinha nada. Queria o nada, vinha o todo. Tinha sono, não queria que o dia terminasse. Queria que o amanhã chegasse, não tinha sono.
"Eu te dou pão e preferes ouro. Eu te dou ouro mas tua fome legítima é de pão." Quem escreveu isso? Não lembrava.
Mas percebeu que naquele momento não importava nenhum nome, nenhuma autoria.
Eu te dou ouro mas tua fome legítima é de pão. Era um dos tantos escritos da vida.
E de muitas vidas.
E qualquer vida poderia ter escrito.
Porque há desencontro. E a gente pode se encontrar nele.